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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Vencendo o Estereótipo dos Grandes Heróis

Grandes heróis, especialmente na literatura ou na mitologia, são exemplos para nós, formas idealizadas do ser humano, capazes de vencerem as adversidades naturais ou causadas por outros seres humanos, sobrepujando suas limitações.

Mas é sintomático que transformemos heróis históricos, que tinham suas partes 'podres' (ou meramente humanas), em seres idealizados também: poços de virtude e de insuperável auto-confiança.

Isso a meu ver, lhes tira a real utilidade como exemplos pois os 'desumaniza', subtraindo o inerente vínculo com a nossa própria humanidade.

O verdadeiro herói é aquele sabe lidar com a diversidade de fatos e situações que lhe aparecem no seu dia-a-dia, alguns bons e outros (muitos) não tão bons. E entenda-se aqui bom ou mau, não como valores absolutos, universais, mas antes como referenciais pessoais, inconstantes e mesmo incongruentes mas mais profundos do que o prazer/desprazer.

Bom é, por exemplo, comer uma refeição e se sentir nutricionalmente satisfeito, e feliz por tela compartilhado, ou não, com outras pessoas.

Ruim é comer uma refeição (eventualmente a mesma do exemplo anterior), muito sonhada, mas em proporção exagerada em calorias e/ou preço, ou ainda, em má companhia, causando-lhe sensações ou sentimentos desconfortáveis durante e após.

O herói é aquele que interiormente sempre vive a primeira experiência porque lidou com os fatos que tanto poderiam criar uma ou outra situação, transformando as circunstâncias, se possível, ou aceitando-as como realidade transitória que são.

Se isto parece muito Zen, é seguramente influência da minha leitura das obras de Eckhart Tolle, que mal disfarça que sua grande fonte é o Budismo ainda que mesclado com as demais tradições religiosas.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Micromáquinas Celulares

Adoro o site de palestras www.ted.com

Nas minhas olhadas ocasionais, hoje vi uma palestra bastante interessante sobre o uso de animação computadorizada para ensinar sobre estruturas celulares nos cursos de ciências biológicas em Harvard. [Vídeo]

Me pareceu transversalmente relacionada com o tema que estou conjeturando usar na monografia de conclusão da minha pós em educação: O distanciamento entre teoria e prática, no ensino superior no campo da informática.

Esse tema se me apareceu ao ler um artigo do Mauro Sant'Anna na revista .net magazine (56ª edição), que me reavivou o assunto do despreparo dos formandos para atuar na área, que é uma experiência recorrente nos meus 30 anos de 'janela' nesse campo (selecionar candidatos a emprego para completar a equipe, foi uma das minhas atribuições em vários dos projetos em que trabalhei).

Essa palestra, reforça o argumento, de que a construção do conhecimento pelo aluno deve ser auxiliado, para que ele escape da formula memorização-para-a-prova-esquecimento-para-a-vida.

Tenho muito a pesquisar ainda... Mas esse um recurso adicionado ao meu arsenal argumentativo.

:)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Agora um blog em Português

Tenho mantido um blog de cunho mais técnico em inglês (o MonoBlog), mas aqui desejo compartilhar alguns pensamentos de cunho mais pessoal, filosófico ou pragmático.

Por exemplo, sou pai e tenho meus filhos estudando em uma escola particular. Participei em reuniões da escola com os pais e como havia interesse destes em discutir as propostas e soluções para os problemas da escola, propus a criação de um grupo de discussões no google-groups.

Pois não é que até hoje apenas uma mãe pediu para entrar no grupo (e ele já tem alguns anos), o que me parece estranho, visto que minha experiência na vida profissional como desenvolvedor de sistemas e como professor, me mantém em contato diário com esses mecanismos tecnológicos de socialização e as pessoas com que convivo transitam facilmente por esses ambientes virtuais.

Em termos de estratégia julgo que deveria ter divulgado de forma mais formal, impressa pois a url é longa e sonoramente ambígua, e deveria ter usado os agentes mais eficazes: os próprios alunos, pois nossos filhos tem mais facilidade em lidar com a internet, do que a maior parte do conjunto dos seus pais.

O grupo em questão é o PaisSokaBrasil